quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Infelizmente era!

Uma Instituição destinada a preparar o aluno para ser capaz de operar transformações em sua área de atuação. Foi com esse conceito pessoal de Universidade que cheguei ao Curso Superior. Tinha grande curiosidade de saber como era o convívio no círculo acadêmico, afinal o adjetivo superior suscitava em mim alguma expectativa. Bastou no entanto um dia de aula no Curso de Letras para que o risco do bordado se formasse em minha mente, que, apesar do longo processo de atrofiamento a que fora submetida até então nos bancos escolares, nos níveis Fundamental e Médio, ainda era aclarada por uma sutil luz de vela.

E essa quase imperceptível claridade foi bastante para eu ver que nada mudara. Uma sala, um quadro-negro, professores se expressando lá na frente, cada um ao seu modo e estilo e, o que causou maior impacto, a imagem que sempre usei como exemplo nas minhas conversas com colegas e pré-vestibulandos: a fila de carteiras se sucedendo até o fim da sala.

Lembro-me muitíssimo bem do tour que meus olhos, num misto de serenidade e desapontamento, fizeram pelo ambiente, como que desejando que “a coisa não fosse bem assim”. Infelizmente era.