Bom, mas deixemos de lado as metáforas e entremos no assunto. Neste blog faço críticas ao ensino a que fui submetido desde que me entendo por gente, classificando-o como ensino-para-papagaios. Paralelamente, proponho a prática do ensino-formador-de-profissionais-capazes-de-propor-mudanças-em-sua-área-de-atuação (o ensino que eu não tive). E entre uma crítica e outra, uma proposta e outra, aproveito para apresentar algumas considerações sobre os atos de ler e escrever, tendo como inspiração minha própria vivência no mundo das letras escritas e faladas.
Basicamente trata-se de um paralelo entre duas modalidades de ensino, uma que fatalmente leva ao assassinato da capacidade de discernimento do aluno - porque sua mente é transformada num mero repositório de informações - e outra que resulta na conquista da autonomia, quando então o aluno é dono de um discurso próprio e sabe expressar-se por suas próprias idéias. E, como tal, é capaz de propor mudanças e contribuir para o aperfeiçoamento teórico e prático de sua área de atuação.
Como adiantei no texto "Antes de mais nada", estou plenamente convicto de que a frustração por não ter encontrado na Universidade ambiente e prática educacional dignos dessa segunda modalidade de ensino não é privilégio meu, mas sentimento de muita gente. Gente que é, assim como eu próprio fui, vítima de profissionais (mestres, doutores e pós-doutores de meia-tigela) para quem as críticas que aqui faço servirão como verdadeira carapuça. Aqueles a quem a carapuça não servir certamente dirão: “é gratificante ler o que você grita baixinho em seu blog”.
Então vamos lá!